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Crise de Pânico: Quando o Corpo Grita o Que a Alma Não Consegue Dizer

  • Foto do escritor: Lucelena Batista Grillo Prado
    Lucelena Batista Grillo Prado
  • 13 de abr.
  • 7 min de leitura

Atualizado: 14 de abr.

ataque de pânico

Imagine estar caminhando, trabalhando ou simplesmente deitado(a) no sofá... e, de repente, o coração dispara. O ar parece faltar. O peito aperta. A mente se enche de medo, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.


Essa é a realidade silenciosa de quem enfrenta uma crise de pânico.


Para quem nunca passou por isso, pode parecer exagero. Mas para quem vive essa experiência, o medo é real, avassalador — e muitas vezes, inexplicável. A crise de pânico é um alarme do corpo. Um pedido urgente da mente para ser ouvida, compreendida, cuidada.


“Você não está exagerando. Você está sentindo. E sentir é humano.”


O que é uma crise de pânico?


A crise de pânico é uma manifestação intensa de ansiedade. Ela surge de forma súbita, trazendo sintomas físicos e emocionais que podem durar de minutos a horas. Entre os sinais mais comuns estão:


  • Taquicardia

  • Falta de ar

  • Tontura

  • Tremores

  • Sensação de morte iminente

  • Medo de perder o controle ou enlouquecer

  • Suor excessivo

  • Despersonalização (sensação de estar fora do corpo)


Esses episódios não são frescura, nem fraqueza. São um alerta do organismo, sinalizando que algo precisa ser olhado com mais carinho e atenção.


Por que isso acontece?


Muitas vezes, as crises de pânico surgem em pessoas que vivem sob alta pressão, com emoções reprimidas, traumas não elaborados ou níveis elevados de estresse. É como se a alma estivesse gritando socorro — mas ninguém ouvisse... até que o corpo decide falar por ela.


E, na maioria das vezes, ele fala alto.


Se você está em crise agora...


crise de pânico

Se você está em crise agora...

Respire fundo. Coloque os pés no chão. Toque algo ao seu redor. Traga-se de volta para o momento presente.


1.Inspire bem devagar pelo nariz ( conte até 4 )

2.Segura o ar ( conta até 4 )

3.Solta o ar bem devagar pela boca ( conta até 6 )

Faça isso mais algumas vezes, mas desta vez imagine-se em um lugar tranquilo e que você se sinta seguro.


Você vai perceber que está agora seguro e mais tranquilo. E, depois disso, procure ajuda.

A sua saúde emocional importa.


“Nem sempre o que dói aparece do lado de fora. Mas toda dor merece cuidado.”


Ataque de pânico: medidas que podem ajudar a interrompê-lo


Os ataques de pânico costumar ser desencadeados por ansiedade geral e transtornos como depressão. Além disso, podem ocorrer a qualquer momento do dia ou da noite, provocando medo, preocupação intensa e repetitiva, sudorese, respiração rápida, náusea e batimentos cardíacos acelerados. Quando o ataque acontece, a pessoa – e quem está com ela – normalmente não sabem o que fazer. Por isso, A Vivare Clínica de Psicologia, Saúde e Bem Estar, preparou uma lista do que pode (e deve) ser feito quando um ataque de pânico acontece.


“Você não precisa enfrentar esse medo sozinho(a).”


1. Aceitação e reconhecimento


Para quem já passou por um ataque de pânico antes, recomenda-se que a pessoa mantenha em mente que, por mais perturbador e desagradável que possa ser, esse momento passa e não apresenta consequências físicas. É necessário reconhecer que o ataque é um breve período de ansiedade concentrada e vai terminar, mesmo que, a princípio, não pareça assim.


Quando procurar ajuda


Se um ataque de pânico durar mais tempo do que o habitual: a maioria dura entre 5 e 20 minutos;

Se for visivelmente pior do que o habitual;

Se estiver inibindo a vida de uma pessoa, possivelmente impedindo-os de trabalhar ou socializar;

Procure tratamento de emergência se houver suspeita de derrame ou ataque cardíaco.


2. Medicação


Alguns médicos costumam receitar remédios para uso apenas em momentos de crise, também conhecidos como PRN, que são de efeito rápido. Dependendo da gravidade dos ataques de pânico, o profissional da saúde pode prescrever um beta-bloqueador, como o propranolol, que retarda o batimento cardíaco acelerado e diminui a pressão arterial. Outra medicação a base de benzodiazepínico, como Valium e Xanax, são recomendados, mas o  corpo pode desenvolver tolerância a eles, podendo ser necessária um dosagem cada vez maior ao longo do tempo para alcançar o mesmo efeito. Por causa disso, alguns pacientes desenvolvem o vício e, portanto, devem ser usados com moderação. ( *Nunca tome medicamentos sem orientação médica )


3. Respirar fundo


Você com certeza já ouviu alguém dizer: “Respire fundo!”. Isso funciona. A respiração rápida, causada pela sensação de aperto no peito, aumenta a ansiedade e a tensão, por isso, fazer exercícios respiratórios ajudam a colocar a situação sob controle. Respire de forma constante, contando lentamente até quatro enquanto inspira e mais quatro ao expirar, trazendo o ar do abdome, enchendo os pulmões de forma lenta e constante.


4. Essências de lavanda


Alguns produtos à base de lavanda têm sido usados para aliviar a ansiedade e trazer a sensação de relaxamento. Inalar o cheiro de óleo de lavanda durante um ataque de pânico, , por exemplo, pode ajudar a aliviar alguns sintomas. A melhor forma de fazê-lo é esfregar uma pequena quantidade de óleo no pulso (ou na mão) e inalar. No entanto, se a pessoa tiver tomado recentemente um medicamento benzodiazepínico, geralmente usado para o tratamento da insônia, a inalação da lavanda não é aconselhável já que a mistura dos dois pode causar sonolência. Consulte, de qualquer maneira, um médico.


5. Exercício leve


Caminhar pode afastar a pessoa que está passando pelo momento de pânico do ambiente estressante no qual ela está, além de produzir endorfinas, hormônios que relaxam corpo e melhoram o humor. Outro benefício da caminhada e outros exercícios físicos é a regulagem da respiração.


6. Técnicas de relaxamento muscular


Outro sintoma de um ataque de pânico é a tensão muscular. Portanto, praticar técnicas de relaxamento muscular ajuda a limitar um ataque. Se a mente sente que o corpo está relaxando, outros sintomas, como a respiração rápida, também podem diminuir.


7. Limite de estímulos


Visões e sons podem intensificar um ataque de pânico, portanto, quando estiver passando por um, se possível, encontre um local mais tranquilo. Encostar-se na parede e fechar os olhos podem facilitar a concentração na respiração e outras estratégias de enfrentamento.


8. Reconheça seus gatilhos


Os ataques podem ser desencadeados por espaços fechados, multidões ou problemas com dinheiro. Ao aprender a gerenciar ou evitar os gatilhos, pode-se reduzir a frequência e a intensidade dos ataques.


9. Exercícios de atenção plena


Ataques de pânico podem fazer as pessoas se sentirem desligadas da realidade, por isso, focar a atenção em outra coisa pode re-ancorar uma pessoa e direcionar seu foco para longe das fontes de estresse. Alguns exercícios de atenção devem ser feitos para diminuir a intensidade. Veja o passo a passo:


Olhe para cinco coisas separadas, pensando em cada uma delas por algum tempo;

Ouça quatro sons distintos e examine o que há de diferente em cada um deles;

Toque em três objetos. Considere a textura, temperatura e usos;

Identifique dois cheiros diferentes. Eles provocam alguma lembrança?

Prove algo. Pode ser um dedo ou um pedaço de doce.

Cada um desses passos devem ser executados minuciosa e calmamente.


10. Concentre-se em um objeto


Concentrar-se em um objeto próximo pode ajudar a interromper um ataque já que reduz outros estímulos. Quando uma pessoa olha para o item, pode querer pensar sobre como se sente, quem fez e qual a sua forma. Isso pode ajudar a reduzir os sintomas de um ataque de pânico. Para quem já passou por isso antes, ou costuma ter ataques com frequência, é recomendado sempre ter na bolsa algo que possa ser usado com esse propósito.


11. Imagine um lugar feliz


Todo mundo tem um “lugar feliz” no fundo da mente para onde costuma “fugir” quando está cansado, triste ou entediado. Esse lugar pode ser um excelente refúgio para quem está passando por um momento de pânico. Quando um ataque começar, feche os olhos e imagine o seu ‘lugar feliz”. Tente imaginar-se calmo e relaxado e aproveite a paisagem.


12. Repita um mantra


Tenha uma palavra, som ou frase que te ajude a se concentrar e te dê forças para passar por este momento difícil. Este mantra especial pode ser algo simples como “Isto também vai passar” ou pode ter um significado mais espiritual. A escolha é sua. Não esqueça de repeti-lo quando o ataque começar: no momento em que se concentrar nele suas repostas físicas devem diminuir, relaxando os músculos e permitindo que a respiração fique sob controle.


13. Converse!


Se os ataques de pânico ocorrem com frequência no mesmo ambiente, como o local de trabalho ou ambiente escolar, pode ser útil informar as pessoas ao seu redor para que saibam que tipo de suporte devem oferecer. Casos os ataques aconteçam em público, pedir ajuda a uma pessoa próxima e informá-la do que fazer, como levá-lo para um local tranquilo, pode ajudar.


Como ajudar alguém que está tendo um ataque de pânico


  1. Fique calmo: seu nervosismo pode deixar a pessoa ainda mais agitada;

  2. Certifique-se de que a pessoa tenha espaço suficiente ao seu redor;

  3. Sugira uma caminhada até um local mais tranquilo nas proximidades;

  4. Lembre a pessoa que os ataques de pânico sempre terminam;

  5. Ajude-os a controlar a respiração; pratique com ela exercícios respiratórios;

  6. Evite fazer muitas perguntas e não valide declarações negativas;

  7. Nunca diga a alguém para se acalmar ou dizer que não há nada para se preocupar.

  8. Fique por perto: mesmo que a pessoa insista que precisar ficar sozinha, certifique-se de que ela permaneça no seu campo de visão.

  9. Seguir alguns destes passos vai te ajudar a ter um pouco de controle sobre esse momento tão aterrorizante.



Como a psicoterapia pode ajudar?


psicoterapia

A psicoterapia é um espaço seguro de escuta, acolhimento e compreensão. Durante o processo terapêutico, você aprende a reconhecer os gatilhos emocionais, a ressignificar medos, e a construir estratégias para lidar com a ansiedade de forma mais saudável.


Você não precisa enfrentar isso sozinho(a). Não precisa fingir que está tudo bem enquanto carrega um furacão dentro de si.


Na Vivare, acolhemos sua dor com empatia, sem julgamentos. Caminhamos com você até que o medo não seja mais um monstro no escuro, mas sim um sinal de que você precisa de cuidado — e merece isso.



💛 Estamos aqui por você.


Lucelena Prado

Psicóloga Clínica | Vivare Psicologia

📍 Atendimentos presenciais em Campinas ou online, com todo acolhimento que você merece.


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Você Não Está Sozinha(o).


Se você está passando por um momento difícil com ataque de pânico, saiba que não precisa enfrentar isso sozinho(a). Na Vivare Clínica de Psicologia, Saúde e Bem-Estar, estamos aqui para ajudar você a reconstruir sua vida com saúde emocional e bem-estar.


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Lucelena Batista Grillo Prado - Psicóloga Clínica Comportamental

Psicóloga Lucelena Batista Grillo Prado


Psicóloga Clínica Comportamental


CRP 06/47994


Vivare Clínica de Psicologia, Saúde e Bem-Estar







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